Recorda-se que no início destes mês analisamos uma elevação lateral com haltere na posição deitado? Já num post anterior tínhamos analisado o mesmo exercício mas na posição ereta e com recurso à utilização de cabos! Hoje para terminarmos esta trilogia recorremos ao mesmo exercício mas numa posição intermédia entre a vertical e horizontal.
A utilização de cabos permite-nos manipular a direção da resistência, por isso são uma mais valia no nosso processo de treino porque quando manipulamos essa variável podemos encontrar cenários bastante interessantes e individualizar, de forma bastante particular, um determinado contexto de treino.
Quando recorremos à utilização de halteres a direção da força nunca se altera, esta é representada pela força da gravidade a atuar sobre o objeto, neste caso o haltere. Então como podemos manipular a resistência neste tipo de casos? A única forma será variarmos a posição do nosso corpo em relação à resistência.
Neste caso em particular colocando o corpo numa posição intermédia encontramos o potencial de maior resistência numa posição de 45 graus de abdução do ombro.
Por sua vez quando o exercício é na posição vertical a maior resistência é aos 90 graus de abdução e na posição horizontal, deitado, a resistência é aos “0” graus, ou seja assim que o braço se afasta do corpo.
Desta maneira conseguimos com “o mesmo exercício” encontrar diferentes variações da resistência que no final serão três cenários diferentes e que podem resumir o constante pensamento crítico na construção de um exercício para determinados indivíduos.
Seria imprudente estarmos a dizer que determinada posição é melhor que outra… provavelmente será o indivíduo que nos vai dar parte das respostas. Contudo reter que a nossa capacidade de produzir força também diminui à medida que “caminhamos” para o encurtamento muscular.
Como não podemos nem devemos predeterminar o exercício devemos considerar todas as opções e entender todas as suas implicações para que em determinado contexto possamos escolher o que nos oferece a melhor relação risco-benefício.
Referências:
- Adaptado de: RTS (Resistance Training Specialist) – Tom Purvis.