Nestes últimos meses a PTX tem partilhado o seu interesse pela temática do envelhecimento e mostrado como é possível ser-se ativo e saudável. Nesse sentido temos revelado as várias particularidades nesta fase da vida. O envelhecimento saudável não é apenas a ausência de doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): Para a maioria das pessoas idosas, a manutenção da capacidade funcional é determinante.
O Relatório Mundial sobre Envelhecimento e Saúde (OMS 2015) enfatiza a função como um elemento-chave, uma vez que a perda de habilidades funcionais afeta diretamente a qualidade de vida. Ter um problema crónico de saúde, como diabetes ou hipertensão é possível de gerir e controlar, mas se uma pessoa não se conseguir levantar da cama sem auxílio, tudo muda e poderá, não só ser altamente limitante como pode ganhar contornos dramáticos.
Para além destas questões mais empáticas e humanas, relacionadas com a perda de qualidade de vida dos nossos idosos, existe também uma visão mais pragmática e economicista do facto de a população estar a envelhecer cada vez mais nos países mais desenvolvidos.
A perda da independência cria grandes constrangimentos e deixa os nossos sistemas de saúde debaixo de um grande stresse . . . . Alguns países já estão a analisar esta questão mais a fundo e tentar perceber como os profissionais do exercício qualificados podem ajudar estas faixas etárias mais avançadas.
Naturalmente isto cria oportunidades na área do exercício mas também dedicação e responsabilidade. Ter um estilo ativo, fazendo atividade física regular, ou seja, “mexendo-se” – até podem ser atividades da vida quotidiana e/ ou deslocando-se pelo próprio pé (como já falámos noutros artigos) combinado com exercício físico orientado para as especificidades destas pessoas é fundamental para manter a independência física. Estimular os sistemas neuromuscular; músculo-esquelético, cardio-respiratório e ter em consideração os domínios da mobilidade, equilíbrio e cognição, sempre respeitando os princípios ds individualidade e progressão farão certamente diferença na manutenção de capacidades e melhoria da qualidade de vida no envelhecimento.
Estar Activo
Só para perceber a importância de se estar ativo e de como tudo pode estar interligado deixamos 2 pequenos exemplos:
- pedalar pode ativar zonas do cérebro que trazem grandes benefícios ao nível cognição;
- exercícios que envolvam a musculatura do tronco podem ser determinantes no equilíbrio (Granacher et al. 2013).
O corpo humano é complexo e exige estar “à altura do desafio” mas cuidar da saúde pode não ter tantas barreiras como por vezes se pode pensar. Como é possível constatar pelo nosso percurso e iniciativas, a PTX sente-se preparada para este desafio e reafirma o seu compromisso e interesse para contribuir para uma adesão cada vez maior de práticas mais responsáveis e ajustadas a este público.
Referências:
Granacher, U., et al. 2013. Effects of core instability strength training on trunk muscle strength, spinal mobility, dynamic balance and functional mobility in older adults. Gerontology, 59 (2), 105-13.