Temos primeiro de perceber que o nosso sistema músculo-esquelético é o que fornece estabilidade, suporte, forma geral e acima de tudo a possibilidade de movimento, para que o corpo humano consiga deslocar-se no espaço.
Este sistema é composto por: músculos, ossos, tendões, ligamentos, articulações e tecido conectivo que conferem o sistema de apoio que contribui para um movimento abrangente.
Existe um vasto leque de profissionais que trabalham diretamente com o sistema músculo-esquelético e têm como objetivo: perceber como consegue o corpo integrar o movimento; avaliar as diferentes formas de mobilidade ativa/passiva e traçar um plano da mobilidade geral. Entre os quais incluem-se os fisioterapeutas, massagistas, treinadores físicos, osteopatas, quiroprático, praticantes de MAT (técnicas de ativação muscular).
Na PTX somos todos formados em técnicas de ativação muscular (MAT) e com a aplicação dessas mesmas técnicas tentamos avaliar o papel do sistema músculo-esquelético na estabilidade articular, fadiga e lesão.
De forma minuciosa avaliamos a mobilidade articular ativa disponível, tendo em consideração a sua estrutura articular e tentamos perceber, de forma individualizada, como funciona o seu corpo.
Pensamos que uma falha na comunicação sensitiva, por parte de estruturas que estão no próprio músculo, pode condicionar a qualidade do nosso movimento, ou seja os nossos músculos não vão gerar tensão de forma ótima e oportuna. Analogamente seria como conduzir o seu próprio carro sem espelhos laterais ou retrovisores… certamente não poderia conduzir da mesma forma ou tirar todo o proveito do seu carro.
Este tipo de cenário poderá originar o aumento do sinal sensitivo dos seus nociptores (“recetor sensorial que envia sinal causando a perceção da dor em resposta a um estímulo que possui potencial de dano). Na prática necessita de menos stress físico para originar uma resposta de dor.
Assim, partindo deste princípio devemos evitar qualquer posição que gere dor no nosso cliente e através de uma estimulação estratégica e ativa por parte do mesmo, podemos potencialmente melhorar a resposta sensitiva do próprio músculo, criando uma modulação/orquestração motora realmente funcional.
Após isso é fundamental progredir no treino de força pois os músculos estarão preparados para “enfrentar” maiores forças externas e responder de acordo gerando adaptações positivas.
Pegando no exemplo do carro, acima referido, é como se devolvesse os espelhos ao mesmo, a informação que receberia seria maior e de mais qualidade podendo enfrentar melhor os desafios da condução.
No final queremos que possa tolerar cada vez maiores quantidades de força, sem que estas sejam prejudiciais, e que o seu sistema músculo-esquelético produza movimento ótimo.
Continuação de bons treinos.
Referências:
- Adaptado de: RTS (Resistance Training Specialist) – Tom Purvis;
- Curso MTF (Master em Treino de Força) – EXS School;
- Adaptado de: MAT (Muscle Activation Specialist) – Greg Roskopf.