Todos conhecemos ou ouvimos falar de pessoas que eram sedentárias e de repente passaram a adoptar um estilo de vida muito mais ativo.
Sentem-se mais felizes, organizam e ajustam a agenda para os treinos e ainda competem ao fim de semana. Running, Ciclismo, Padel, desportos de combate são alguns dos exemplos de modalidades que somam novos entusiastas e transformam as respetivas vidas.
Sem dúvida que a maioria destas mudanças são para melhor. Atrevemo-nos mesmo a dizer que tanto nós como nenhum leitor do Blog PTX é da opinião de que “estar parado” será melhor do que praticar uma dada modalidade desportiva e participar nas respetivas competições.
No entanto, gostaríamos de alertar que passar do “8 ao 80” também poderá ser prejudicial e até mesmo invasivo para o seu corpo. A título de exemplo, se esteve 10 anos sem praticar exercício e de repente começou correr todos os dias e até a participar em várias meias maratonas por ano, se não começou já a sofrer as consequências desse aumento exponencial de atividade é porque a natureza fez de si um ser mais forte e teve uma grande sorte. Mas esta não é a realidade para a maioria do comum dos mortais. Na verdade, este tipo de abordagem é pouco sustentável e está a habitualmente associada a inúmeras lesões.
Tenha em mente que até os atletas profissionais com a melhor técnica, preparação e recuperação se lesionam. Saber dosear as cargas e volume do treino não é tão simples como parece, requer enorme sensibilidade e será fundamental para que possa disfrutar da sua modalidade o máximo tempo possível.
Não treine de forma aleatória a pensar que fazer alguma coisa é melhor do que nada nem numa lógica de “no pain no gain”.
Gostamos sempre de relembrar que o treino de força aplicado de forma estratégica e com estímulos mecânicos adequados a si é um ótimo coadjuvante na melhoria de rendimento e longevidade na modalidade com que mais se identifica. Alertamos ainda para o facto de que treinar e competir regularmente implica um grande desgaste. Práticas desajustadas poderão desgastar ainda mais, ser prejudicial e contraproducente.
Treinar bem não significa necessariamente treinar muito.
Bons treinos!