Investigações sugerem que a força muscular está inversamente associada à mortalidade, mesmo independentemente de outros fatores. Um estudo de 2016, sugeriu que em adultos com 65 e mais anos as taxas de mortalidade eram significativamente mais baixas em indivíduos que realizavam regulamente treino de força.
Genericamente, o envelhecimento é acompanhado por uma redução de um tipo de fibras musculares, que designamos por “fibras rápidas” e que são treinadas principalmente através do treino de força de maior intensidade. Este cenário acontece, provavelmente, por um decréscimo da sua utilização, visto as pessoas nessa faixa etária não realizarem exercício físico que promova esse tipo de estimulação e concomitantemente essa atrofia agrava ainda mais essa relação.
É cada vez mais consensual que quer através do treino de força como do treino de resistência cardiorrespiratória se conseguem obter uma série de benefícios para a saúde dos seus praticantes. Portanto, o treino de força ao longo da nossa vida é uma das melhores formas de reduzirmos os efeitos do envelhecimento, melhorar a nossa saúde metabólica e proteger-nos contra a imunossenescência.
Felizmente, e independentemente da nossa idade, conseguimos ver melhorias nos nossos parâmetros de aptidão física com a prática de treino de força regular. Há já evidências que indivíduos sedentários mais velhos conseguem ganhar mais de 50% de força, comparativamente àquilo que era o seu limiar, com apenas 6 semanas de prática de treino de força.
Sugere-se que a força de preensão poderá ser um biomarcador interessante para avaliar o envelhecimento ao longo da vida.
Uma preensão fraca está associada a uma série de causas de mortalidade, tal como um índice de massa corporal elevado. Aliás, problemas de obesidade conseguem ser preditores mais preocupantes mesmo em pessoas “fortes”.
Concluímos assim que a realização de treino de força deverá ser um procedimento cada vez mais transversal na nossa sociedade, aliado a um programa alimentar adequado e a uma boa gestão do stress.
Continuação de bons treinos.
Referências:
- DiNicolantonio, J., & Land, S. The immunity fix;