Hoje trazemos mais uma análise biomecânica fazendo uma comparação entre a flexão lateral da coluna de pé com haltere e a flexão lateral da coluna no banco romano também com haltere.
De forma a complementar esta análise, pode consultar também no nosso blog as últimas análises biomecânicas dos exercícios que de um modo geral são utilizados para desafiar a coluna, nomeadamente: leg raises, prancha frontal, Wood chop e rotação no cabo com auxílio do CorePAD, extensão da coluna no solo e Banco Romano.
Como podemos ver no primeiro cenário, quando iniciamos o movimento de flexão lateral do tronco à direita temos uma resistência e o peso do corpo a exercerem uma força.
Na posição inicial (lado direito) temos desafio para os flexores laterais esquerdos; na “posição neutra” (imagem central) continuamos a ter um desafio para o mesmo lado; contudo à medida que continuamos a vencer a resistência (haltere) e flexionamos para o lado esquerdo (imagem mais à direita) criamos um potencial desafio para os flexores do outro lado, visto que a massa do corpo pode representar um torque superior ao do haltere.
Este é um cenário hipotético face à massa escolhida do haltere, a leitura poderia ser diferente se optássemos por um outro haltere – com mais peso. Neste, como em outros exercícios, temos sempre de considerar a massa do tronco e membros sob pena de alterarmos o objetivo do exercício.
No caso do banco Romano esta situação nunca se coloca. Independentemente da carga, a gravidade leva-nos sempre para o lado direito, portanto teremos um desafio para o lado esquerdo.
Ressalvamos por isso que o peso do corpo interfere no resultado mecânico.
Para além do peso do haltere temos que ponderar sempre a massa do tronco que irá criar torque para flexão lateral da coluna. Os desafios poderão ser opostos ao esperado em certas fases do movimento portanto é pertinente saber tudo o que está a ocorrer no momento da execução. Poderá ser uma mais valia contar com um treinador que lhe possa explicar o que vai acontecendo ao longo do movimento e as sensações que deve ter para que o exercício seja efetuado em segurança e tenha a eficácia pretendida.
Não é a quantidade de peso nem são os nomes dos exercícios que vão determinar a eficácia e segurança de um treino mas sim saber tomar a decisão certa, na altura certa para determinada estrutura.
Bons treinos!