Já aqui uma vez escrevemos sobre a dor e a sua natureza. Na altura referimos que a mesma não é apenas uma sensação e muito raramente representa uma desordem de um sistema apenas, mas sim algo mais complexo envolvendo múltiplas interações.
No sentido de nos educarmos sobre esta temática parece-nos necessário melhorar os nossos conhecimentos para que possamos dar uma resposta mais assertiva e honesta e saber reencaminhar essas pessoas a quem de direito e habilitados a trabalhar com a dor.
Contudo na nossa prática profissional é recorrente confrontarmo-nos com pessoas com dor e por isso achamos de todo necessário que a nossa classe profissional também se eduque e possa entender o discurso dos outros profissionais, que podem intervir diretamente sobre a mesma.
Assim gostaríamos de apresentar algumas ideias basilares é para reforçar o esclarecimento sobre esta temática:
1 – Esta é sempre um “output” do nosso cérebro;
2 – A dor que sentimos não é equivalente à quantidade de tecido lesionado;
3 – É importante perceber que a dor é influenciada por inúmeros fatores, entre os quais: os nossos pensamentos, atividades, sono, humor, stress, entre outros;
4 – Dor aguda serve como um mecanismo protetivo para nos informar sobre o perigo e lesão;
5 – A dor crónica resulta de um sistema nervoso muito sensível e muitas vezes já não nos informa sobre o risco de perigo ou lesão;
6 – Muitos tratamentos podem ajudar na diminuição da hipersensibilidade do sistema nervoso, reduzindo desta forma a dor e melhorando a qualidade de vida.
Estes conceitos foram elaborados pela “Macquire University” no sentido de dotar os profissionais com mais ferramentas e ao mesmo tempo apresentar uma visão mais esclarecedora sobre a sua gestão.
Assim que as práticas estejam alinhadas com o conhecimento que existe hoje em dia espera-se que os resultados possam ser cada vez melhores no seu tratamento.
Continuação de bons treinos.
Referências:
– Husha et al. 2018
– Husha et al. 2018