Já por inúmeras vezes referimos que o exercício físico deve ser um veículo para assegurar e melhorar a nossa saúde em sentido lato. São inúmeras as evidências nesse sentido, mas continuamos (profissionais do exercício físico) a não alcançar o objetivo por completo.
Provavelmente devido a lacunas ao nível da sensibilização para os benefícios da atividade física em tenra idade. A nossa cultura privilegia pouco o contacto com a natureza, ou pelo menos nós sentimos isso.
A existência de parques e espaços verdes é cada vez menor, especialmente a sul do país e as atividades escolares/estruturadas são levadas em pouca conta, não estando a nossa “cultura física” para aí voltada.
Insistimos em colocar os adultos, e bem, a “mexerem-se” mas esquecemo-nos que esses adultos já foram crianças e aí poderíamos ter feito mais e melhor!
Provavelmente se todos tivéssemos a oportunidade de poder facultar às crianças a brincadeira livre a tarefa a jusante seria mais fácil.
Para além da educação para a parte física a brincadeira, não estruturada, em contexto de natureza onde as crianças têm acesso a todo o tipo de materiais sejam eles rochas, árvores, areia, lama, jardins parece estar associado a um melhor desenvolvimento físico e mental dessas mesmas crianças.
Questionamos porque os jovens estão pouco predispostos para a atividade física e relacionam-se mais com os seus pares por via virtual do que in loco! Talvez tenhamos de privilegiar mais a existência de locais propícios a esse convívio aliado a uma maior importância da educação física nas nossas escolas, especialmente nos primeiros anos.
Crianças com melhores índices de concentração, melhor desenvolvimento social e emocional, mais facilidade em aprender são evidências suportadas pelo acesso ao jogo na natureza.
E você proporciona esse contacto aos seus filhos e/ou teve acesso a muitos e bons momentos de brincadeira?
O que tem a dizer-nos? Acha que podemos ter adultos mais saudáveis por esse modelo de educação?