A nossa mobilidade/movimento é talvez a chave da nossa sobrevivência. Esta necessidade depende largamente da condição em que os nossos materiais se encontram, sejam eles os nossos músculos, tendões, ligamentos, ossos, cartilagem… Ou seja, do nosso sistema articular.
É através do movimento que nós conseguimos alcançar comida/energia para prolongarmos a nossa existência.
Portanto a manutenção dessa capacidade é a prioridade máxima porque o corpo é um sistema aberto que interage constantemente com os seus arredores.
Nesse sentido verificamos que gastamos milhares e milhares de euros/dólares, todos os dias, meses e anos para facilitar a mobilidade/acessibilidade a todos os que habitam este planeta.
Numa reflexão rápida e descuidada percebemos que onde existe mais dinheiro vive-se mais tempo.
Mas voltemos ao início. A qualidade dos nossos materiais deve ser uma preocupação constante se realmente queremos pensar em viver uma vida longa e de qualidade. A sua manutenção, em parte, depende também das nossas escolhas, sejam elas ao nível do tipo de movimento que executamos, a qualidade da nossa alimentação, a forma como lidamos com o stress no nosso dia-a-dia e a qualidade do nosso sono para não enumerar mais situações.
Refiro em parte porque sabemos que a partir de certa altura a decadência do nosso sistema é uma inevitabilidade, mas podemos sempre otimizar esse downfall.
Na parte que nos toca, a capacidade de treinar os nossos músculos, procuramos aplicar estratégias que sejam congruentes com esse perfil da nossa existência.
Queremos que cada um de nós possa aproveitar o melhor das nossas vidas, como muitos anos e qualidade nos anos.
As nossas escolhas e sugestões de treino implicam a manutenção da nossa saúde neural, muscular e articular. Que como já analisamos é fundamental.
As nossas prioridades têm de passar por aí também, a gestão a longo prazo da nossa saúde cabemos a cada um de nós em última instância.
Podemos nem sempre acertar nas nossas escolhas, e aqui também me refiro a nós enquanto profissionais do exercício, que infelizmente algumas vezes violamos as leis do nosso corpo. Mas erro cometido é lição aprendida. Por isso assumimos essa responsabilidade e constantemente alertamos para a clareza das consequências dessa situação.
Felizmente na parte técnica o conhecimento e sensibilidade é maior, mas cabe também ao leitor, o cidadão comum, refletir sobre a sua responsabilidade para com o seu corpo. O que quer! Os objetivos artificiais não se podem sobrepor aos objetivos da função/saúde do seu corpo.
Quando todos nos educarmos nesse sentido, e é um processo que nunca irá acabar, vamos com certeza ter melhores índices de saúde, populações mais saudáveis e consciência do que realmente é importante.
Bons treinos.