Estamos em plena 3ª fase de desconfinamento. Aos poucos vamos retomando uma certa normalidade, os ginásios já puderam abrir e com isso vamos progressivamente aproximando-nos das condições ideais de treino, tendo à disposição equipamentos mais ajustados.
É natural que se deseje recuperar o “tempo perdido”, retomar rotinas de treino e readquirir a melhor forma física. Isso pode levar à tentação de aumentar a intensidade de forma abrupta, de seguir as recomendações de um eventual novo método treino revolucionário ou simplesmente reproduzir o treino do seu parceiro.
Será a melhor estratégia? A PTX acredita que não e explica-lhe porquê.
Esta é, sem dúvida, uma oportunidade única para se tornar mais saudável mas tenha em atenção que também poderá ser uma fase crítica. Os mais atentos à atualidade desportiva poderão estar a fazer um paralelismo com as lesões que se notaram no regresso às competições de alguns campeonatos de futebol profissional. Salvaguardando desde já as devidas diferenças entre os contextos em questão, poderá em certa medida, funcionar como uma espécie de alerta para o “comum” praticante de exercício físico sem objetivos associados à performance.
Fique então a saber que é possível aumentar a intensidade de forma segura nesta fase de regresso aos treinos. No entanto esta deve ser feita de forma criteriosa e responsável.
Tenha em consideração que o simples facto de mudar de ambiente de treino e utilizar equipamentos que permitem focalizar determinados músculos e explorar novas amplitudes, poderá constituir, por si só, um aumento de intensidade através de estímulos que podem desencadear novas adaptações ou até mesmo adaptações que já não estava acostumado. Por isso, querer incrementar ainda mais intensidade no regresso aos treinos pode até nem ser a melhor decisão para o seu corpo.
Mesmo assim, se sentir que deseja e se souber que tem capacidade para aumentar a intensidade, o praticante pode aumentar o esforço mediante pequenas progressões. Procure que estas progressões sejam as menores possíveis sempre que sair do limiar que estava acostumado para que não provoque grandes mudanças fisiológicas internas que o seu corpo poderá não estar preparado para tolerar nesta fase.
Como temos vindo a frisar nos vídeos que publicámos recentemente, sem querermos passar a imagem de que é possível passar uma espécie de receita, algumas estratégias que pode utilizar de forma segura são:
– aumentar o tempo de execução através do isométrico;
– focar-se simplesmente na execução correta do exercício e nos músculos solicitados;
– fazer um número semelhante de repetições que estava acostumado a fazer mas evitando acelerações fazendo os exercícios de forma mais lenta e controlada;
– estar atento à fadiga que se vai instalando nos músculos e procurar atingir uma sensação de maior desafio neste aspeto;
Estas pequenas opções estratégicas poderão já reprentar um salto qualitativo e um desafio à sua condição e tolerância. Tente progredir mas de forma gradual e cosnciente!
Bons treinos!