Numa recente revisão sistemática procurou-se entender o efeito dos exercícios isométricos versus alongamentos estáticos na performance e taxa de lesão em atletas de corrida e seus resultados.
Com a crescente popularidade da corrida nos últimos anos as questões acima referidas tornaram-se prementes na procura de estratégias para melhorar, especialmente, a performance e reduzir o risco de lesão.
No nosso entender, tradicionalmente, os alongamentos estáticos ainda são vistos como a solução mais eficaz, contudo esta revisão revelou uma visão oposta – os alongamentos parecem não beneficiar a performance como por sinal aumentam o risco de lesão. Neste prisma torna-se importante olhar para os exercícios isométricos de forma diferente pois parecem impactar positivamente para os mesmos atletas comparativamente aos alongamentos.
Uma das razões apontadas para este resultado prende-se com o facto de os alongamentos contribuírem para uma “folga” da ligação do músculo ao tendão, prejudicando a transmissão de força entre estas estruturas. Ao invés os exercícios isométricos melhoraram a rigidez das mesmas estruturas e contribuíram para a potenciação pós-ativação, aquilo que pode ser entendido como uma melhoria aguda na capacidade de produção de força.
Adicionalmente sugeriu-se a hipótese de que os exercícios isométricos podem ser uma solução para os “desequilíbrios musculares”, razão muitas vezes apontada para o surgimento de lesões em corredores.
Assim, em jeito de resumo, a concretização de exercícios isométricos, antes mesmo da parte principal do treino, isto é parte do “aquecimento”, demonstrou maiores benefícios e/ou diminuição dos efeitos negativos.
Contudo alertamos que estes resultados não renunciam mais investigação e pesquisa na implementação de isométricos em aquecimentos dinâmicos.
Costuma realizar alongamentos antes da sua corrida? Talvez seja altura de repensar a sua estratégia e experimentar uma abordagem diferente.
Continuação de bons treinos.
Referências: