Rui Caetano com mais de 100 jogos na 1ª liga, soma internacionalizações em todos os escalões das camadas jovens, já jogou a Liga dos campeões e Liga Europa bem como um mundial de sub-20, actualmente ao serviço do Varzim divide actualmente a carreira de jogador profissional com a de administrador do grupo idealKorpus que opera na área do Fitness. Esta marca que conta já com 6 unidades, pretende reforçar a sua posição no mercado com a abertura de mais unidades muito brevemente.
1- Começou muito cedo no futebol ao mais alto nível nomeadamente no FC Porto e com internacionalizações pelo nosso país. Quer falar sobre o seu início no mundo da alta competição?
“Comecei a jogar aos 6 no clube da minha terra, o União Sport Clube Paredes. Na altura o meu pai era o presidente. Também ele foi jogador profissional em clubes de expressão na Primeira Divisão. O meu avô materno também foi dirigente no Penafiel, por isso o gosto pelo futebol surgiu cedo e de forma natural.
Aos 13 anos ingressei no Futebol Clube do Porto onde joguei 6 anos. O último ano de júnior correu muito bem, marquei muitos golos e fui chamado várias vezes à equipa principal. Na época seguinte transferi-me para o Paços de Ferreira onde joguei 3 épocas e meia e tive a oportunidade de jogar a Liga dos Campeões, a Liga Europa e fui finalista da taça da liga.
Depois joguei um ano e meio no Gil Vicente. Tive o privilégio de jogar 5 anos e fazer mais de 100 jogos na 1ª Liga. Fui também Internacional em todas as camadas jovens dos sub-16 aos sub-21. Disputei o Mundial de sub-20 na Colômbia que, juntamente com o facto de ter jogado na Liga dos Campeões foram os pontos altos da minha carreira até ao momento.
Cheguei a ter a oportunidade de jogar no estrangeiro ou de jogar na 1ª liga num clube do Sul mas decidi rejeitar e optar sempre por ficar no Norte mais perto dos meus negócios.
Prossegui a minha carreira de jogador no Penafiel, no Aves em que conseguimos subir à primeira liga, regressei ao Penafiel e actualmente estou a jogar no Varzim.”
2- Como surgiu o gosto pela área do Fitness?
“Há 16 anos os meus pais inauguraram um ginásio em Paredes. Na altura era um negócio complementar às empresas que já tinham, nomeadamente no ramo da construção civil e hotelaria. A minha vida na área do Fitness teve início há 5 anos atrás quando jogava no Gil Vicente. Como estava ligado à área do desporto desde sempre envolvi-me também nesse projeto. Felizmente esse ginásio foi aumentando o número de sócios e o respetivo volume de facturação. Como me sentia cada vez mais realizado e tinha vontade de continuar a dedicar-me a esta área, abrimos outro ginásio em Penafiel que correu muitíssimo bem. Depois inaugurámos mais 2 boxes de Crossfit também em Vale de Sousa , Penafiel. Logo a seguir apostámos num estúdio de Pilates. Entretanto expandimo-nos para o Porto, no Edifício Transparente na zona nobre da cidade, com um ginásio do segmento premium. Felizmente está a correr muito bem. Estou muito orgulhoso do que já fiz e estou muito focado no que estou a construir.
Como atleta talvez pudesse ter tido uma carreira diferente mas estou muito feliz com as minhas opções e com a forma como estou a preparar a minha vida profissional quando terminar a minha carreira como jogador que sei que não irá durar para sempre.”
3- Essas vivências trouxeram-lhe com certeza grande traquejo e maturidade. Actualmente, concilia a carreira de futebolista profissional com o de administrador do grupo idealKorpus. É sem dúvida um percurso peculiar e interessante.
Como é desempenhar estas duas atividades tão distintas, desafiantes e que acarretam tanta responsabilidade?
É verdade! Estar na alta competição muito cedo, com muitas internacionalizações, viagens, treinos, ter conhecido vários líderes como treinadores e várias pessoas com cargos de chefia como diretores e treinadores, contribuiu para que crescesse mais cedo e tenho que reconhecer que muita da minha maturidade nos negócios aos 28 anos se deve bastante ao futebol. Com essas experiências de vida acaba por haver um transfer muito positivo de uma área para a outra. Como eu costumo dizer: O futebolista não é burro! Pode não dominar todas áreas e disciplinas, nem ter tido a oportunidade de investir numa vida académica mas de burro não tem absolutamente nada!”
4- Quais são os principais objetivos para o futuro na área do Fitness?
A marca idealKorpus tem vindo acrescer muito nos últimos anos e vai continuar a crescer certamente. Vamos abrir um ginásio Low Cost (que acredito que será uma tendência no Fitness) de 2500m2 também no Vale de Sousa para abranger as várias cidades envolventes. Pretendemos continuar a crescer no Porto e certamente iremos ter mais 3 ou 4 unidades no futuro.
5- A marca idealKorpus é sem dúvida um projeto diferenciado. Quer falar um pouco sobre este conceito?
Procuramos marcar a diferença desde o primeiro momento e marcar o cliente pela qualidade da experiência e corresponder ao máximo às expectativas que o cliente deposita em nós. Dar atenção a todos os pormenores das instalações, o acompanhamento dos nossos profissionais que são de excelência, a diversidade na oferta dos serviços e modalidades para quem frequenta o idealKorpus são aspetos que privilegiamos e nos diferenciam.
6- Que procedimentos têm sido adotados por parte do grupo IdealKorpus para contornar os constrangimentos relacionados com esta pandemia que assola o mundo inteiro e trouxe tantas incertezas e inseguranças?
De facto é uma situação muito complicada. Temos desenvolvido aulas em direto no instagram, disponibilizamos depois essas aulas numa plataforma para quem não teve oportunidade de as acompanhar em direto. Nessa plataforma os nossos sócios têm acesso também a desafios, exercícios para complementarem as aulas, conselhos das nossas nutricionistas e receitas saudáveis e ajustadas a esta fase. De momento, o serviço de nutrição está assegurado através de consultas por video-chamada. Os nossos professores estão a dar continuidade à prescrição dos planos de treino para que os respetivos alunos possam seguir motivados, ativos e em segurança. Os Personal Trainers estão a dar sessões on-line para quem necessita de mais correção e procura um maior acompanhamento. No Porto, levamos as bicicletas a casa dos nossos alunos mediante um aluguer e damos as aulas virtuais num grupo fechado em direto.
Gostaria de terminar esta entrevista dizendo a todos os profissionais e praticantes de exercício físico, bem como a todos os intervenientes do desporto profissional (atletas, treinadores e dirigentes) que acredito que este pesadelo vai terminar em breve. Prevêem-se tempos difíceis em vários níveis, nomeadamente económicos e sociais. No entanto, este tempo em casa vai ajudar-nos a refletir, a ajustar e adaptar muitos aspetos nas nossas vidas e que no fundo acabarão por nos tornar mais fortes, unidos e humanos.
Protejam-se, fiquem em casa!