Há semanas atrás analisámos o que acontece na perna dianteira, aquando da realização do lunge, hoje vamos tentar perceber o que acontece no lunge – perna traseira, tantas vezes negligenciada.
A magnitude da força será tanto maior quando mais do nosso peso distribuirmos por essa perna, logo o vector força poderá ser maior ou menor, assim como os efeitos dessa mesma força. Isso no entanto, a par do que referimos no artigo passado relacionado com a perna dianteira, irá depender muito da intenção do indivíduo que o realiza.
Mas vamos interpretar de acordo com a nossa imagem e aquilo que optamos por definir como direção e magnitude da força.
Verificamos que à medida que nos abaixamos os braços de momento (BM) para todas as articulações que escolhemos aumentam. Isto significa mais torque (força para rotação) sobre esses eixos articulares. Flexores da anca, do tornozelo e especialmente extensores do joelho estarão bastante envolvidos.
Este cenário pode representar stress excessivo para determinadas estruturas passivas e violação dos limites articulares das articulações.
Será importante perceber o que temos disponível em cada uma delas e para onde as forças nos estão a levar e mesmo acautelando tudo isso perceber o quão tolerante o indivíduo será para a concretização do exercício.
Serão tudo reflexões que deveremos realizar e acima de tudo pesar a relação risco/benefício em função do indivíduo que temos à frente.
Por esta perna raramente fazer parte da equação do exercício por isso pensamos ser importante estimular a reflexão sobre a mesma.
Devido a diversas variações do mesmo exercício parece-nos que algumas adaptações podem acontecer para melhorar a segurança do exercício, nomeadamente aumentar o seu suporte o que poderá em último caso eliminar com forças sobre esta perna traseira.
Considere sempre a pessoa que tem à sua frente ou mesmo você mesmo, se for o caso, e perceba o objectivo do exercício, neste caso o lunge – perna traseira, e que formas tem para conseguir alcançar o mesmo da forma mais segura e efectiva.
Continuação de bons treinos.
Adaptado de: RTS (Resistance Training Specialist) – Tom Purvis.