Análise biomecânica do agachamento livre e agachamento com TRX
Biomecânica
7 de Janeiro, 2020

Análise biomecânica do agachamento livre e agachamento com TRX

Em artigos anteriores analisamos, do ponto vista biomecânico, o que acontecia ao nível da participação muscular através da definição dos braços de momento (BM), hoje propomos algo diferente, comparar duas variantes do agachamento (agachamento livre e agachamento com TRX) e perceber as suas implicações a nível muscular.
Frequentemente estes dois exercícios são utilizados de forma indiscriminada para o mesmo objetivo.
Mas será que ambos “trabalham” a mesma musculatura e acima de tudo na mesma medida? Poderemos substituir um pelo outro só porque sim? Um confere mais estabilidade, certamente que sim, mas será essa a sua única característica diferenciadora do outro?
Temos de recorrer, como sempre, à interpretação da relação das forças que atuam sobre o corpo com as articulações que, normalmente, procuramos desafiar nestes contextos, ou sejam o joelho e a anca.

Análise biomecânica do agachamento livre vs. agachamento com TRX
Análise biomecânica do agachamento livre vs. agachamento com TRX

Vamos então a isso, se olharmos atentamente para todas as imagens reparamos que nas imagens de cima temos o agachamento realizado com TRX e nas imagens de baixo o agachamento livre.
Procuramos traçar a linha teórica da ação da força e traçar o braço de momento (BM) para cada uma das articulações. Na posição inicial, tanto no agachamento com TRX como no agachamento livre verificamos que o vetor força passa praticamente sobre o eixo da articulação do joelho e anca, significa, pois, que existe pouca ou nenhuma força para rotação sobre estas articulações.

Agachamento com TRX
Agachamento com TRX

Já na posição final verificamos que no agachamento com TRX o braço de momento para o joelho (BM 1) é considerável e para a anca (BM2) passa novamente (teoricamente) sobre a anca, logo desafio é zero para essa articulação. Já quando realizamos o agachamento livre na posição final “abrimos” braço de momento tanto para o joelho como para a anca. Isto significa que temos força para rotação sobre essas duas articulações e um desafio muscular tanto para os extensores do joelho como para os extensores da anca.

Agachamento livre
Agachamento livre

Assim concluímos que estes dois exercícios são diferentes não só sobre o que desafiam ao cliente como naquilo que que mais se assemelham, nomeadamente em termos de magnitude.
O agachamento com TRX parecer-se-á mais com uma leg extension e não tanto com um agachamento.
A correta interpretação desta análise é importantíssima para qualquer profissional para que possa fazer as escolhas mais acertadas e estratégicas quando o objetivo do treino de força é aumentar a capacidade de gerar tensão por parte do tecido muscular.
Continuação de bons treinos.
Texto de Tiago Gago.

Referências:

  • Adaptado de: RTS (Resistance Training Specialist) – Tom Purvis.

blog

Treino online
Treino de força
Treino ao ar livre
Treino
Testemunho
Terapia Ocupacional
Sono
Sem categoria
Saúde Mental
saúde
Resultados
Reflexão da Semana
Prevenção de lesões
Preparação Física
Preparação Física
Postura
Personal Trainer
Perda de Peso
Osteoporose
ossos
obesidade
Nutrição
Músculos
Multidisciplinaridade
Medicina
Massa gorda
Golfe
genética
Futsal
Futebol
Fisioterapia Desportiva
Fisioterapia
Exercício Físico
Exercício Clínico
escoliose
Envelhecimento
Entrevista
Ensino
Educação
Dor
Direito Desportivo
Diabetes
Desporto juvenil
Cycling
crianças
Controlo motor
Comunicação
coluna
Ciência
Cardio
Cancro
Biomecânica
Atletismo
atividade física
Alto Rendimento
Ver todas as Categorias