Análise biomecânica- Cable Chest Press
Biomecânica
23 de Maio, 2022

Análise biomecânica- Cable Chest Press – corpo perto vs corpo afastado da máquina

Estamos de volta às análises biomecânicas!
Esta semana vamos tentar analisar o exercício “ Cable Chest Press”, ou seja, o press de peito nos cabos de uma forma breve e simples, com uma linguagem acessível mas de forma pedagógica de modo a poder corresponder às expectativas tanto dos leitores que já estão familiarizados com conceitos relacionados com a mecânica do exercício como de praticantes que embora não possuam essas ferramentas já revelam interesse por esta temática.
Hoje vamos incidir mais concretamente sobre a articulação/ eixo do ombro, embora também pudéssemos analisar outros eixos como o cotovelo ou coluna.
Embora já tenhamos explicado o conceito de Braço de momento noutra ocasião, aproveitamos esta oportunidade para relembrar que o Braço de Momento (BM) é a distância mais curta entre a linha de ação da força e o eixo articular.
Ao imaginarmos e tentarmos representar a direcção da resistência (a azul) e, posteriormente, ao traçar uma linha perpendicular até à articulação/ eixo, neste caso o ombro, conseguimos apurar o comprimento do BM (a amarelo).

Press de peito mais próximo da máquina de cabos
Imagem 1: Press de peito próximo da máquina de cabos

 

Press de peito afastado da máquina de cabos
Imagem 2: Press de peito mais afastado da máquina de cabos

Como podemos constatar nas imagens acima, a distância a que está o corpo do praticante em relação ao sistema de cabos vai alterar a resistência ao longo da amplitude artcular, principalmente na fase final da amplitude do movimento.

De facto, na posição inicial (figuras à direita) temos praticamente a mesma resistência mas como podemos verificar nas figuras à esquerda, o BM diminui um pouco na fase final do movimento quando o corpo está mais afastado do sistema de cabos (imagem 2), reduzindo por isso a resistência do mesmo.

Não pretendemos transmitir a ideia de que uma opção é melhor do que a outra.

Poderia ser uma estratégia interessante ao nível do recrutamento muscular e gestão de fadiga começar com um cenário semelhante à imagem 1 e à medida que a fadiga se instale e a qualidade do movimento fique comprometida, implementar um cenário mais parecido com a imagem 2.

No entanto, ter atenção a este tipo de pormenores quando estamos a decidir quais os estímulos a aplicar podem fazer uma grande diferença na adequação, eficiência, segurança e progressão num processo de treino.

Bons treinos e bom e boas leituras!

 

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