Já alguma vez se questionou sobre a relação entre o ADN e atividade física, porquê determinadas pessoas gostam mais de realizar atividade física/exercício físico que outras? Algumas até demonstram estranheza como é possível ser prazeroso este tipo de atividades.
Recordo-me de um indivíduo em particular, aquando de uma entrevista inicial, que se lamentava por não gostar de “praticar desporto” e a certa altura terminou questionando se alguma vez o conseguiria, se era possível ser “picado por uma mosca que transmitisse essa doença”, já em tom jocoso.
Agora mais a sério embora a atividade física e o comportamento sedentário sejam moderadamente hereditários, pouco se sabe sobre os mecanismos que influenciam essas características.
Parecem surgir respostas ténues a estas questões, ligadas especialmente à expressão do nosso código genético.
Num estudo que utilizou um banco genético de mais de 700 mil pessoas encontrou-se associações entre a prática de exercício físico e certas regiões do ADN.
Pessoas que exibem certas variações do seu ADN parecem preferir passar o seu tempo de lazer realizando atividade física de intensidade moderada a vigorosa; outras variações parecem sugerir o invés, passam mais tempo sentados ou a ver televisão.
Os investigadores extrapolaram que estas relações se devem à forma como determinados genes afetam a resposta muscular ao treino.
Resumidamente as fibras musculares podem responder de forma diferente, resultando em maior ou menor dano muscular, fazendo com que para alguns seja mais fácil e consequentemente uma vida mais ativa.
Os mesmos investigadores concluem que determinados genes identificados não podem determinar que um indivíduo seja mais ou menos ativo, mas que fornecem grandes pistas para que no futuro se possa estudar esta mesma situação.
Embora saibamos que a prática de atividade física e o comportamento sedentário são afetados pelas políticas e suporte social, assim como fatores culturais e ambientais é importante expandirmos o nosso entendimento para que possamos ajudar maior número de pessoas a criar experiências que ressoem na sua identidade e simultaneamente resultem a populações mais ativas.
Bons treinos.
Referência: