Adaptações ao exercício - Cárdio vs. Musculação
Exercício Clínico
24 de Julho, 2023

Adaptações ao exercício – Cárdio vs. Musculação

Muitas vezes quando falamos em exercício físico pensamos em adaptações fisiológicas resultantes do estímulo que aplicamos, na forma de linguagem comum, como resultados/objetivos.

Consequência dessa visão criamos uma dicotomia entre o treino aeróbio, vulgo “cárdio”, e o treino de resistência, vulgo musculação, onde as adaptações fisiológicas são distintas. Isto faz-nos polarizar o nosso raciocínio, ora mais na otimização do processo oxidativo ora no processo hipertrófico.

Mas será que podemos, através da alteração de algumas variáveis, modificar esse padrão tradicional?

Aparentemente sim. Parece que tanto o treino aeróbio como o treino com resistência podem proporcionar as mesmas adaptações. E na nossa perspetiva o  mais interessante são as adaptações que potencialmente podemos alcançar com o treino com resistência.

Adaptações ao exercício - cárdio vs. musculação
Adaptações ao exercício – cárdio vs. musculação

Ao realizarmos treino com resistência de baixa intensidade e com um volume alto (tempo sobre tensão) conseguimos adaptações como o aumento da densidade capilar. Este facto deve-se em grande parte por criarmos perturbações metabólicas significativas (isquemia e hipoxia do músculo esquelético), pelo aumento do tempo sobre tensão (refere-se ao tempo total que um músculo ou grupo muscular está sob tensão durante a execução de um exercício específico) que sinalizam a angiogénese e biogénese mitocondrial.

Por outra palavras, o estímulo imposto pelo treino de força/musculação reflete as formas tradicionais do treino de cárdio e as adaptações específicas a esse mesmo estímulo podem ser semelhantes entre modalidades. Para alcançarmos esses resultados a literatura aponta que para alto tempo sobre tensão a realização do exercício, de forma tradicional, de forma lenta e “dropsets” são estratégias eficazes.

Adicionalmente, sabemos que o espectro de hipertrofia pode atualmente variar entre baixas repetições e alta intensidade e altas repetições e baixa intensidade, o que nos proporciona uma panóplia de estratégias diferenciadas das que tradicionalmente utilizamos na maioria das abordagens ao exercício.

Contudo, estas indicações carecem de mais estudos para se perceber de forma mais clara as implicações acima mencionadas.

Bons treinos.

Referências:

Mang ZA, Ducharme JB, Mermier C, Kravitz L, de Castro Magalhaes F, Amorim F. Aerobic Adaptations to Resistance Training: The Role of Time under Tension. Int J Sports Med. 2022 Sep;43(10):829-839. doi: 10.1055/a-1664-8701. Epub 2022 Jan 27. PMID: 35088396.

blog

Treino online
Treino de força
Treino ao ar livre
Treino
Testemunho
Terapia Ocupacional
Sono
Sem categoria
Saúde Mental
saúde
Resultados
Reflexão da Semana
Prevenção de lesões
Preparação Física
Preparação Física
Postura
Personal Trainer
Perda de Peso
Osteoporose
ossos
obesidade
Nutrição
Músculos
Multidisciplinaridade
Medicina
Massa gorda
Golfe
genética
Futsal
Futebol
Fisioterapia Desportiva
Fisioterapia
Exercício Físico
Exercício Clínico
escoliose
Envelhecimento
Entrevista
Ensino
Educação
Dor
Direito Desportivo
Diabetes
Desporto juvenil
Cycling
crianças
Controlo motor
Comunicação
coluna
Ciência
Cardio
Cancro
Biomecânica
Atletismo
atividade física
Alto Rendimento
Ver todas as Categorias