Envelhecimento
29 de Abril, 2023

A idade funcional – Os Vários níveis das capacidades funcionais no idoso

Com o avançar da idade, é sabido que as capacidades funcionais vão diminuindo.
A sociedade tende a classificar o idoso  consoante a idade cronológica ou respetivas faixas etárias.
Neste texto, ao invés de classificarmos o idoso por ter 65 ou mais anos, trazemos uma nova perspetiva.
As capacidades funcionais podem variar bastante de individuo para individuo. É até possível que um indivíduo de 80 anos consiga ter um desempenho físico melhor do que um individuo 10 ou até mesmo 20 anos mais novo.
O Instituto do Envelhecimento Funcional (FAI) criou um modelo hierárquico do Envelhecimento Funcional. O modelo FAI inclui oito categorias de habilidades funcionais: “dependente, frágil, pré-frágil, independente inferior, independente superior, semi-apto, totalmente apto e elite.”
Os indivíduos variam  consoante as habilidades funcionais ao nível destes Seis Domínios da Função Física: “equilíbrio, mobilidade, cognitivo/emocional, neuromuscular, musculoesquelético e cardiorrespiratório.”
Neste texto, vamos debruçar-nos sobre as 4 categorias mais funcionais e ativas, ou seja: “o independente superior, semi-apto, totalmente apto e elite” e deixar as restantes categorias mais sedentárias e frágeis para outra ocasião.

O modelo FAI inclui oito categorias de habilidades funcionais: "dependente, frágil, pré-frágil, independente inferior, independente superior, semi-apto, totalmente apto e elite."
O idoso de “elite” conseguiu alcançar as pontuações mais altas  nos testes de aptidão física e funcional para sua idade e género. É impressionante constatar que costumam estar mais em forma do que muitas pessoas décadas mais jovens.
Treinam de forma intensa e regular, competem em torneios, corridas e outros eventos. Têm excelentes hábitos alimentares o que faz com que desfrutem de uma excelente saúde. Acredita-se que os que adquiriram estes hábitos de uma forma mais precoce possam beneficiar de uma certa vantagem, no entanto, é interessante e animador constatar que nas faixas etárias mais avançadas do desporto competitivo (85+ e 100+), há muitos idosos que só começaram a treinar aos 60 ou 70 anos…


O individuo “totalmente apto” exercita-se principalmente com um propósito mais relacionado com a saúde e bem-estar (não tanto para a competição) e fazem-no também regularmente. Os seus programas são menos intensos e têm uma menor duração do que os atletas de elite e fazem-no também por diversão.
Estes indivíduos gozam de uma saúde acima da média e têm uma aparência e atitude mais jovem do que na realidade são. Superam todos os outros indivíduos da sua idade ao nível do desempenho e condição física à exceção da categoria de elite.
Estes dois grupos tendem a praticar várias modalidades. Assegurar que o fazem com a técnica correta, com programas de treino bem orientados, assim como uma adequada recuperação, nutrição, hidratação e sono, permite um melhor desempenho e uma menor ocorrência de lesões.


 O “semi-apto” ao contrário dos “totalmente aptos”, os “semi-aptos” apesar de gozarem de uma excelente saúde, destacam-se em apenas numa ou duas capacidades da condição física pois praticam apenas uma modalidade. Por exemplo, nadadores ou corredores têm altos níveis de aptidão cardiorrespiratória, mas a força muscular ou o equilíbrio estão consideravelmente baixos.
Uma vez que que estamos perante indivíduos que já treinam de forma regular e consistente, conseguir acrescentar diversidade ao treino parece ser um juste importante para melhorar a condição física.


O “Independente-superior” – Estes indivíduos são fisicamente ativos mas podem não fazer exercício orientado de forma regular. Quando se exercitam é geralmente em menor em duração, intensidade e variabilidade como na categoria anterior. As atividades de lazer podem incluir por exemplo: caminhadas, jardinagem, desportos de raquete, golfe, entre outras…
Podem inclusive fazer parte desta categoria indivíduos que estejam a lidar com uma doença crónica com o devido acompanhamento médico.
De um modo geral, são totalmente funcionais, embora  as suas reservas fisiológicas  sejam mais limitadas do que as das categorias acima. As pontuações de desempenho neste grupo são mais díspares, no entanto, registam desempenhos dentro da  média ou um pouco acima da média.
Com esta nova forma de categorizar os indivíduos, não pretendemos passar de todo a mensagem irrealista que todos os  idosos e indivíduos no geral poderão ou deverão ser atletas. No entanto, parece-nos bastante encorajador perceber que a maioria da população pode não só ser muito mais ativa como também ser mais feliz se adotar estilos saudáveis.
Bons treinos!

Adaptado de:
Degrees of Functional Abilities, Demystified, CODY SIPE, PHD

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