O conceito “adaptação” é recorrente na esfera do exercício. Aliás a utilização do cliché “adaptações positivas” é um sound bite que procura validar qualquer forma de treino.
Contudo é preciso perceber o que é isto da “adaptação”. Muito rapidamente poderíamos referir que, do ponto vista articular, são as alterações que ocorrem nos tecidos circundantes a uma articulação em resposta a um stress, entenda-se força.
Mas também muito importante é compreender que quando progredimos num exercício, especialmente no que respeita à carga e forças, cada tecido terá uma taxa diferente de adaptação a essas forças.
Portanto e no sentido de não comprometer a integridade dessa mesma articulação é preciso compreender os efeitos relativos à:
– Quantidade de stress que promovemos;
– O tempo durante o qual o indivíduo está sujeito ao contexto do exercício;
– A velocidade a que incrementamos e progredimos no exercício;
– O tempo necessário para uma resposta positiva ao exercício e recuperação.
Se estes pontos forem tidos em conta o resultado irá ditar a diferença entre:
– Criar um calo vs. bolha;
– Uma tendinite ou reforço do tecido tendinoso;
– Laxidão ligamentar vs. integridade ligamentar;
– Uma fratura de stress ou aumento da densidade mineral óssea.
Como já referimos cada tecido tem taxa de adaptação diferente por isso temos de ter em conta esse fator e microprogredir para que nenhuma estrutura seja posta em causa. Isto resulta num treino consciente onde os benefícios são claramente superiores aos riscos.
Adaptado do manual Resistance Training Specialist for video lecture series (1999).