O exercício físico é invasivo? Normalmente o conceito “invasivo” é recorrente na comunidade médica, mas também os profissionais do exercício devem estar cada vez mais familiarizados com este conceito.
Quando tomamos a decisão de colocar um tipo de resistência em contacto com o corpo do nosso cliente/paciente é expectável que isso origine um efeito. Aliás anteriormente já discutimos o que é um exercício e percebemos de forma mais simples que é a produção de força interna em resposta a uma força externa.
Por isso durante a execução de qualquer exercício devemos tentar vislumbrar a ação e efeitos sobre os tecidos/estruturas subjacentes ao mesmo. Isto leva-nos à conclusão que o exercício ocorre no interior.
Por isso a consciência da nossa visão limitada dos efeitos do exercício deve tornar-nos mais humildes e evitar que façamos categorias onde encaixamos determinados exercícios (“treino propriocetivo”; “treino funcional”; “treino postural”, etc.)
Consigo, contudo, entender o porquê dessas categorias, mas não devem substituir a responsabilização do profissional pelo “comprimido”, entenda-se exercício, que está a dar ao seu cliente/paciente.
Respondendo à primeira questão: sim o exercício é invasivo e o profissional deve procurar um maior entendimento de várias matérias para que consiga cada vez mais compreender o resultado das forças que cria quando prescreve.
Adaptado do manual do curso RTS Mastery.