É uma questão há muito tempo debatida no mundo do fitness, já foram analisados os vários prós e contras das duas opções e na nossa visão é incorreto tentar enaltecer uma opção em detrimento de outra, pois ambas são válidas no seu treino, dependendo sempre das caraterísticas de cada indivíduo e do seu objetivo. Os nossos músculos têm uma ação muscular específica e através da sua contração vão produzir força, ficando cada vez mais encurtados à medida que vão aproximando as suas inserções. Caso a resistência externa seja através de pesos livres ou máquinas, o processo acima descrito vai existir sempre, toda a musculatura alvo será desafiada, embora existam algumas particularidades a ter em conta. As máquinas, geralmente descritas como equipamentos que lhe permitem treinar em segurança, são desenvolvidas num padrão standard que encaixa na grande maioria das pessoas, contudo muitas vezes o que acontece é que estão completamente desajustadas à sua individualidade: seja nas suas dimensões, na variação da resistência ao longo do movimento ou mesmo na direção da mesma. Aqui, cabe ao profissional do exercício físico avaliar e decidir que alterações deve fazer no aparelho, refletindo acerca das necessidades do praticante. Esta manipulação torna a experiência de treino altamente individualizada e torna-se muito mais funcional para o indivíduo.
No caso dos pesos livres, como o próprio nome indica, podemos movê-los livremente em qualquer direção, com as vantagens e desvantagens que isso acarreta. Neste caso como não existe restrição de movimento, requer um bom nível de consciência corporal do praticante e da sua capacidade em ativar os músculos estabilizadores que lhe permitam realizar o exercício de forma segura e controlada.
Resumindo, mais importante do que discutir se material X ou Y é melhor, é saber utilizar cada material no timing certo. Identificar o músculo alvo que quer estimular e encontrar a melhor estratégia para o tornar mais forte é onde deve concentrar a sua energia, foque-se nisso! Ainda existe muito o culto do(a) atleta e mais recentemente do(a) blogger famoso(a) que dizem maravilhas de determinado método que funcionou com eles, mas é importante lembrar… você não é nenhum deles. Em caso de dúvida o mais sensato a fazer é procurar a ajuda de um profissional qualificado!
Na PTX temos um processo de treino. Independentemente do seu objetivo, fazemos sempre uma análise cuidada das suas necessidades, ou seja, a capacidade contrátil dos músculos a desafiar durante a sessão e a amplitude articular das estruturas envolvidas. O desenvolvimento da sessão dependerá das respostas que o seu corpo nos der, avaliaremos cada fase do movimento em cada repetição, cada série. A qualidade do seu movimento é fundamental! Não espere da nossa parte uma sequência de exercícios pré-feitos, mas sim uma análise rigorosa da relação do seu corpo vs o estímulo aplicado e com base nisso a decisão para o próximo patamar: seja ele permanecer no mesmo estímulo, progredir para algo mais avançado, regredir um pouco ou até mesmo mudar completamente o exercício. Treine de forma inteligente!
Texto de Flávio Faísca