Biomecânica
23 de Setembro, 2019

Análise biomecânia do lunge – perna dianteira

O Lunge é um dos exercícios que costuma fazer parte de qualquer rotina de treino assim como as suas variações são imensas.

Na execução do nosso exercício optamos por deixar a perna dianteira sempre assente no chão e não executar o exercício com um passo à frente e um passo atrás.

Hoje por uma questão de facilitar o nosso raciocínio vamos apenas concentrar a nossa análise nas forças sobre a perna dianteira e tentar extrapolar o que poderá estar a acontecer ao nível da nossa produção de força interna.

Análise biomecânica do lunge.
Análise biomecânica do lunge.

Nota importante será ter em conta que a linha de acção da força poderá ser diferente consoante a intenção do praticante, ou seja, este pode criar mais ou menos fricção sobre o solo e isso alteraria a sua direcção, mas é algo que não conseguimos controlar.

Mas vamos assumir que seria algo deste género. Percebemos que na primeira posição, da esquerda, a força cria um pequeno braço de momento (BM 1) para a articulação da coxo femoral e joelho (BM 2).

Isto significa pouca “força para rotação” sobre essas duas articulações e mesmo através da nossa experiência enquanto praticantes conseguimos perceber que é onde somos “mais fortes”. Isto explica-se pelo facto de a força estar quase a passar sobre estas articulações e estar a contribuir mais para compressão que rotação.

Contudo à medida que descemos a implicação desta força muda consideravelmente para o joelho e anca. Na medida em que o BM 2, que era praticamente inexistente à partida, aumenta significativamente logo um maior desafio para os extensores do joelho já que são estes que têm de se opor à força para flexão da mesma articulação.

O mesmo acontece ao nível da coxofemoral, o BM 1 aumenta, mas não tanto como no joelho.

Este cenário configura-se então como um desafio cada vez maior tanto para os extensores do joelho, responsáveis por resistir à força sobre o joelho, como dos extensores da anca, responsáveis por resistir à força sobre a mesma articulação.

Esta seria uma análise simplista do que parece ocorrer sobre estas duas articulações, para uma reflexão mais aprofundada teríamos de contemplar outras variáveis como a velocidade de execução, a mestria do executante, etc.

Como comentário final importa perceber que todos os exercícios apresentam uma relação  risco – benefício, a execução do lunge também não foge a essa realidade e outras situações terão que ser avaliadas aquando da sua realização.

Continuação de bons treinos.

Adaptado de: RTS (Resistance Training Specialist) – Tom Purvis.

blog

Treino online
Treino de força
Treino ao ar livre
Treino
Testemunho
Terapia Ocupacional
Sono
Sem categoria
Saúde Mental
saúde
Resultados
Reflexão da Semana
Prevenção de lesões
Preparação Física
Preparação Física
Postura
Personal Trainer
Perda de Peso
Osteoporose
ossos
obesidade
Nutrição
Músculos
Multidisciplinaridade
Medicina
Massa gorda
Golfe
genética
Futsal
Futebol
Fisioterapia Desportiva
Fisioterapia
Exercício Físico
Exercício Clínico
escoliose
Envelhecimento
Entrevista
Ensino
Educação
Dor
Direito Desportivo
Diabetes
Desporto juvenil
Cycling
crianças
Controlo motor
Comunicação
coluna
Ciência
Cardio
Cancro
Biomecânica
Atletismo
atividade física
Alto Rendimento
Ver todas as Categorias