A questão da inclusividade no fitness parece passar-nos constantemente ao lado, nomeadamente na forma como comunicamos e mesmo os espaços que criamos para receber as pessoas de todas as idades e fenótipos.
Já aqui referimos que o exercício físico não “cabe em apenas uma caixa”, mas para isso temos provavelmente de alterar alguns aspetos. Entre os quais, a educação que é um pilar fundamental para mudarmos a nossa narrativa e entregar o exercício físico de uma forma mais eficiente.
Muitas vezes damos por nós a refletir sobre as pessoas que afastamos dos ginásios pela forma como promovemos o exercício físico!
Sempre que nos queixamos sobre a quantidade de pessoas, poucas, que atraímos para a prática de exercício físico poderíamos complementar por uma ponderação mais alargada de como atrair aqueles que não se identificam com os espaços que existem e o tipo de comunicação que desenvolvemos.
Se comunicarmos apenas a promoção de objetivos artificiais atraímos, na maioria, pessoas que se identificam com esses mesmos objetivos e que provavelmente se inserem em determinadas faixas etárias.
Então lançamos o desafio a todos os nossos seguidores do que podemos fazer diferente para mudar este cenário.
Por cá acreditamos que todo o entorno num ginásio típico acaba por gerar alguma repulsa sobre grande parte das pessoas, especialmente aquelas que mais precisam.
O desenvolvimento de mais competências para lidar com o exercício com outra expertise pode também ser uma ótima forma de mostrar as grandes potencialidades da prática regular de exercício físico.
Comunicar saúde parece ser também o caminho mais intuitivo, mas não refém de situações fortuitas que muitas vezes condicionam em demasia a nossa agenda.
Assim acreditamos que aliar uma política que promova a multidisciplinaridade, que comece nos mais novos e termine com a criação das condições para a banalização, no bom sentido, do treino de força à disposição das populações mais seniores poderá ser o caminho a seguir.
Bons treinos.